segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Semana Nacional de Trânsito e eu

O "eu" no título acima não é desproposital. A intenção é justamente lembrar a quem lê que a questão de trânsito seguro é cada vez mais uma decisão pessoal que interfere na vida de todos. Em Campo Grande, é raro ver um carro parando na faixa de pedestres. É mais fácil o motorista  seguir em frente pensando: "ele é menor,  que espere então".
No sinal amarelo, o motorista acelera ainda mais. Na mudança de faixa, é só jogar o carro em cima do outro e não precisa sinalizar. 
Roberto da Mata fala da cultura do brasileiro que reaje negativamente a toda tentativa de lei ou cultura que iguale a todos ou que o faça respeitar outras pessoas. e dentro do carro ainda há a sensação de que não é ele, é o carro, como se este tivesse vontade própria. O tema da campanha nacional é: "Juntos podemos salvar milhões de vidas", convidando cada pessoa a seguir o conselho de parar, pensar e mudar.
Uma campanha na Áustria traduz como o comportamento irresponsável no trânsito pode ser perigoso, com uma campanha criativa, relacionando o ato de beber e dirijir com uma roleta russa.

O tema da campanha é "somente uma dose e você arrisca tudo". Então que tal inverter. "somente uma ação responsável e você muda tudo".
Vamos pensa nisso.

 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Campo Grande pode chegar a ser a segunda cidade no mundo em extensão de ciclovias.

Estou com um projeto diferente para mim. Ir pelo menos três vezes por semana de bicicleta para o trabalho. Um pouco por necessidade de exercício físico e outro tanto por consciência ambiental. 
Foco aqui na questão ambiental porque este não é o "Medida Certa". Consciêcia Ambiental é ter a ciência, saber, conhecer sobre como o meio ambiente é afetado por você. Assim, sei que a moto, que é o meio de transporte que mais uso é um transporte altamente poluente porque é individual. Se alguém assustar é isso mesmo. O carro não é mais poluente porque pode carregar mais pessoas. e assim também o ônibus.
É claro que o mundo não segue essa lógica. Se o carro é usado por uma única pessoa ele é mais poluente ainda. é como dividir o valor da gasolina por todos que estão no carro. Sai mais barato para todos. O nível de poluição emitido também é dividido assim.
No meu caso o trabalho fica a pelo menos 10Km. Aja perna para isso. Pelo menos terei a grata satisfação de ganhar condicionamento e frear o aquecimento global.
Campo Grande começa a querer facilitar a vida de pessoas como eu. A reformulação do sistema viário de Campo Grande, com implantação de novas vias de trânsito rápido e avenidas coletoras, não assegura apenas melhoria no tráfego de veículos, mas também no trânsito de ciclistas. A Prefeitura de Campo Grande está ampliando as ciclovias, que devem chegar a uma extensão de 38 quilômetros após a conclusão do complexo Imbirussu-Serradinho e Orla Morena-Duque de Caxias.
Segundo a Prefeitura, nas áreas de influência dos parques lineares estão sendo implantadas ciclovias novas. Já as ciclovias das saídas da Capital – Gury Marques (SP) e Cônsul Assaf Trad (MT), além da Avenida dos Cafezais, estão sendo revitalizadas e preparadas ao uso, com sinalização da pista e placas indicativas.
Segundo o secretário de Governo da Prefeitura da Capital, Rodrigo Aquino, os ciclistas se habituaram a circular em vias normais, enfrentando não só a poluição ambiente como se submetendo a riscos constantes. Com a revitalização das antigas ciclovias e os dois novos projetos, a expectativa é de que a população passe a utilizar os corredores exclusivos quando transitar em bicicletas.
O pedestre Mark Souza, 41 anos, diz que enquanto não está pronta, a ciclovia no eixo Imbirussu-Serradinho serve de caminho aos pedestres. Ele reconhece o perigo, mas prefere andar por onde os veículos não trafegam. "As novas avenidas estão mudando a cidade e essas ciclovias vão fazer a diferença". Já Sidney dos Santos, 36, morador na região do Aeroporto, diz que está circulando pela ciclovia com mais segurança. "Uso sempre a bicicleta e quase sofri acidente quando andava nas vias normais. Agora fico muito mais tranquilo".
Com 38 quilômetros de ciclovias, Campo Grande se aproxima das cidades no ranking mundial em vias exclusivas para ciclistas. Bogotá, capital da Colômbia, é a terceira e tem pouco mais de 100 km de ciclovias. No Brasil, a cidade com maior extensão de ciclovias é Curitiba, com pouco mais de 50 km. De acordo com estatísticas, Campo Grande tem uma frota de aproximadamente 200 mil bicicletas. No ranking mundial, as cidades com melhor estrutura viária para ciclistas são Amsterdã (Holanda), Copenhagen (Dinamarca), Bogotá (Colômbia), Curitiba (Brasil), Montreal (Canadá), Portland (Estados Unidos); Basileia (Suíça), Barcelona (Espanha), Pequim (China) e Trondheim (Noruega)
Hoje, com o crescimento do número de pessoas optando por andar de bicicletas, a ciclovia se tornou um sistema fundamental à engenharia de tráfego e à segurança. Ela pode ou não ser a opção mais segura ou apropriada, pois a quase totalidade dos acidentes envolvendo ciclistas acontece em cruzamentos. Daí a preocupação da Prefeitura em sinalizar e dar condições para que as ciclovias, construídas há algum tempo passem a ter utilidade.