segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um pouco de Rio + 20


Você já deve ter lido na internet ou visto na TV que, em 2012, o Brasil será sede de uma importante conferência da ONU - Organização das Nações Unidas*: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, apelidada de Rio+20*. Mas você faz ideia do que acontecerá durante esse evento? Do que ele representa para o nosso futuro? 

Em junho, líderes dos 193 Estados que fazem parte da ONU, além de representantes de vários setores da Organização, se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, inclusive para as futuras gerações. Uma grande responsabilidade, não é mesmo? 

A ideia da realização dessa Conferência no Brasil foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007, fez a proposta para a ONU. E você sabe por que o evento recebeu o nome de Rio+20? Porque a reunião acontecerá no Rio de Janeiro, exatamente 20 anos depois de outra conferência internacional que tinha objetivos muito semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o meio ambiente. 

O evento rendeu a criação de vários documentos importantes - como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica -, além de ter consagrado uma menina de - acredite! -, apenas, 12 anos. 

Trata-se da pequena canadense Severn Suzuki, fundadora do movimento Eco - Organização Ambiental das Crianças, que ficou marcada na história da Eco92 ao juntar dinheiro, junto com três amigos - Michelle Quigg, Vanessa Suttie e Morgan Geisler* - para viajar para o Brasil e falar para os mais importantes líderes do planeta, na época. Em um discurso pra lá de emocionante, a menina pediu aos adultos mais respeito pelo mundo que eles deixariam para ela e suas futuras gerações. (Assista ao vídeo da apresentação de Suzuki na Eco92, no final deste texto). 

Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida. 

Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas. 

A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos. Afinal, a união faz a força, certo? E até mesmo quem estiver de fora dessas duas reuniões pode ajudar, pensando em maneiras de diminuir seu impacto na Terra. Que tal tomar banhos mais curtos? Ou desligar a TV, enquanto usa o computador e vice-versa? Pense em atitudes que você pode adotar para melhorar o planeta em que vivemos e compartilhe com seus amigos, pais e professores - e, também, aqui, com a gente! Você pode incentivar muitas outras pessoas a fazer o mesmo... 



quarta-feira, 6 de junho de 2012

A preocupação com o meio ambiente


Aproximadamente 13% dos brasileiros dizem ter preocupação com o meio ambiente, segundo pesquisa divulgada hoje (6) pelo Ministério do Meio Ambiente. O percentual é mais do que o dobro do registrado há seis anos (6%). Apesar de ser motivo de comemoração, é um percentual muito além do ideal, considerando a relevância da área para sociedade.
De acordo com o levantamento, o meio ambiente está em sexto lugar na lista de preocupações dos brasileiros, ficando atrás de saúde/hospitais (81%), violência/criminalidade (65%), desemprego (34%), educação (32%) e políticos (23%). Há seis anos, o meio ambiente aparecia na 12ª colocação, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa. Em 1992, ano da primeira pesquisa, o tema era sequer citado.
"Isso é resultado de um maior acesso à informação. Mas o meio ambiente também é visto como problema, e não como uma oportunidade", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
O principal problema ambiental citado pelos brasileiros é, desde a primeira pesquisa, o desmatamento de florestas (neste ano, com 67%). Outros principais problemas são a poluição de rios e lagoas (47%), a poluição do ar (36%), o aumento do volume do lixo (28%), o desperdício de água (10%), a camada de ozônio (9%) e mudanças do clima (6%).
Também são citados como problemas: extinção de animais/plantas (6%), falta de saneamento (3%), poluição por fertilizantes (3%), consumo exagerado de sacolas plásticas (3%) e falta de conscientização ambiental da população (2%).
A pesquisa mostrou, no entanto, que as belezas naturais são o principal motivo de orgulho para os brasileiros. Aproximadamente 28% das pessoas dizem que o meio ambiente brasileiro é motivo de orgulho, à frente do desenvolvimento econômico (22%), das características da população (20%), do pacifismo (13%), da cultura (6%) e da qualidade de vida (1%).

terça-feira, 5 de junho de 2012

Trânsito e vida


Em Campo Grande, notícias sobre a violência no trânsito já se tornou uma triste rotina e infelizmente, a impressão que se tem é a de que muitos não se sensibilizam com a situação.
Usar álcool e dirigir é tratado como uma ação comum e todos acham que tem o controle da direção quando bebem. Assim como muitos se acham mais feios ou bonitos do que são. É muito subjetivo.
O que não é subjetivo são os fatos. Bebida e drogas afetam nosso comportamento e reflexos. Nesses casos, dirigir sobre efeitos deles é como andar armado. 
Uma campanha dá a ideia do que seja isso. Carros de cabeça para baixo nos outdoors australianos não são um erro de impressão. É a campanha da Transport Accident Commission (TAC) criada pela agência Grey para mostar como é dirigir sob o efeito de drogas. O texto diz: “se você dirige drogado, você está fora de si”.  As campanhas da TAC, muitas premiadas, são sempre, no mínimo, diretas. Veja outras publicadas pelo blog aqui.




De acordo com o relatório da TAC, até maio deste ano, 120 pessoas já morreram em acidentes de trânsito. No ano passado o número de mortes chegou a 287.
Só para constar, o placar da vida em Campo Grande, marca hoje dois dias sem mortes. Isso com certeza é uma guerra.